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Os fãs de HQs já podem estender o tapete vermelho: os meninos Quick e Flupke finalmente desembarcam no Brasil, trazendo com eles a arte essencial de seu criador: o quadrinista belga Hergé, celebrizado mundialmente como “pai” do intrépido repórter Tintim. Com a publicação de As diabruras de Quick e Flupke, a Globo Livros Graphics garimpa para o público brasileiro uma joia da vasta produção de um dos mais influentes mestres da HQ europeia. É o primeiro volume dos quadrinhos coloridos completos com os personagens, lançados em onze álbuns avulsos entre 1949 e 1969 – o segundo volume está previsto para sair em 214.
A primeira diabrura de Quick e Flupke veio a público em janeiro de 193, no Le Petit Vingtième, suplemento infantil semanal do jornal belga Le Vingtième Siècle. Diz a lenda que, voltando ao trabalho depois de tirar férias, Hergé foi surpreendido por uma “pegadinha” dos colegas de redação, que, sem avisar, haviam anunciado publicamente que ele lançaria uma inédita série de quadrinhos. Com poucos dias para dar conta do recado, Hergé mesclou reminiscências infantis com influências do cinema e dos cartuns norte-americanos para dar vida a dois garotos às voltas com confusões nas ruas da Bruxelas dos anos 193.
Limitado ao espaço de duas páginas por semana, Hergé desenvolveu a partir dali narrativas cômicas que, além do primor da concisão, apresentam a atmosfera ternamente poética do universo das crianças. O trapalhão (e um tanto azarado) Quick e seu travesso parceiro Flupke conquistaram de imediato os leitores, ao introduzir altas doses de nonsense e bagunça num mundo organizado por adultos – como o vigilante Agente nº 15, um policial com ares chaplinianos que vive implicando com os garotos. Ao longo de uma década, foram mais de trezentas histórias publicadas.
O traço limpo, característico do estilo gráfico de Hergé que seria chamado de ligne claire (linha clara), já era marcante em toda a série, originalmente concebida em preto e branco. Só mais tarde, depois da Segunda Guerra Mundial, as desventuras de Quick e Flupke foram coloridas e compiladas em álbuns, tornando-se populares para além da Bélgica, em outros países de língua francesa. As tramas da dupla serviram como base, ainda, para uma série de desenho animado para a TV, na década de 198.
Peso | 0,453054 kg |
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Dimensões | 28 × 21 × 0,728 cm |
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ISBN13
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